CANTO
Canto promessas insanas ao vento sem saber onde vão cair.
Canto dores sombrias, almas sem rostos
e sentimentos que nunca senti.
Canto no canto do silêncio de quem não tem voz
infinitas palavras para quem não deseja ouvir.
Canto nos quatro cantos
o canto melancólico dos desgraçados,
as faces dos preconceitos camuflados
e a maldade escondida atrás das máscaras.
Ignoro a todo instante os apelos vãos
de quem clama por minha sensatez
e me rebelo contra a imagem distorcida
que vejo diante do espelho.
Quem sou eu?
Quem são vocês?
Não concordo com o canto de quem se engana
que a destruição do mundo é culpa dos canalhas e corruptos.
Mentira... mentira!
A culpa é da omissão de quem se cega,
da surdez de quem finge não escutar
e da boca covarde que se cala diante da indignação.
Levanto minha voz contra a hipocrisia
e o comodismo dos que me cercam e canto!
Sim... eu me atrevo e canto!
Canto as lágrimas dos inocentes,
a angústia da mãe que reza
e o pai que volta pra casa de mãos vazias.
Canto a fome dos miseráveis,
os pesadelos de quem dorme na impunidade
e os demônios deitados em camas ricas
de uma consciência sem lei.
Eu canto mesmo sem saber cantar
porque a pimenta que arde na sua língua
é a poesia que queima em mim!
Janaína da Cunha
17/05/2011
Canto promessas insanas ao vento sem saber onde vão cair.
Canto dores sombrias, almas sem rostos
e sentimentos que nunca senti.
Canto no canto do silêncio de quem não tem voz
infinitas palavras para quem não deseja ouvir.
Canto nos quatro cantos
o canto melancólico dos desgraçados,
as faces dos preconceitos camuflados
e a maldade escondida atrás das máscaras.
Ignoro a todo instante os apelos vãos
de quem clama por minha sensatez
e me rebelo contra a imagem distorcida
que vejo diante do espelho.
Quem sou eu?
Quem são vocês?
Não concordo com o canto de quem se engana
que a destruição do mundo é culpa dos canalhas e corruptos.
Mentira... mentira!
A culpa é da omissão de quem se cega,
da surdez de quem finge não escutar
e da boca covarde que se cala diante da indignação.
Levanto minha voz contra a hipocrisia
e o comodismo dos que me cercam e canto!
Sim... eu me atrevo e canto!
Canto as lágrimas dos inocentes,
a angústia da mãe que reza
e o pai que volta pra casa de mãos vazias.
Canto a fome dos miseráveis,
os pesadelos de quem dorme na impunidade
e os demônios deitados em camas ricas
de uma consciência sem lei.
Eu canto mesmo sem saber cantar
porque a pimenta que arde na sua língua
é a poesia que queima em mim!
Janaína da Cunha
17/05/2011
— com Fabio Schvabenland Lopes
Aninha, obriga pelo carinho que sempre me oferece e, principalmente, por todo apoio e valor que vc dá a minha humilde arte.
ResponderExcluirFaço de alma para alma... e só uma alma linda como a sua para compreender a essência de meus expurgos em versos.
Felicidade, luz e muita vida... sempre!
Beijos doces!!